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História da Tuba

Postado por Anônimo on 24 de julho de 2010 | 7/24/2010

A tuba é um instrumento musical de sopro da família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino. Dotado de bocal e de três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos.

Existem tubas de vários tamanhos: tenor (também chamado de eufônio), baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfônicas.

Duas tubas, uma fabricada em 1900 e outra fabricada em 2004

Alguns elementos históricos
A tuba é originária do “oficleide”, uma trompa de chaves grave, utilizada por volta de 1800 (século XIX), ainda antes da invenção do sistema de pistões. Este instrumento começou a ganhar popularidade nas pequenas bandas de metais da Grã-Bretanha, onde um antecessor do atual Sousafone, chamado Helicon, era usado devido à sua portabilidade (mais fácil de transportar).

Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma variante deste instrumento (basicamente uma tuba baixo mas com um bocal de trompa), razão pela qual surgiu a chamada Tuba Wagneriana. Em 1860, John Philip Sousa patenteou um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao atualmente chamado Sousafone.

Por esta altura, os alemães Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construiram o modelo de tuba que seria o percursor do modelo mais utilizado hoje em dia. Desde esta altura, o design e conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram sendo introduzidas, incluindo instrumentos com 4, 5 e 6 pistões, pistões com válvulas rotativas, Sousafones em fibra de vidro (para serem usados em desfiles).

Atualmente, as tubas podem ser encontradas nas mais diferentes formas e combinações. Assim, encontramos Tubas em diferentes afinações (Sib, Do, Mib, e Fá), com campânulas desde 36 a 77 centímetros de diâmetro, voltadas para cima ou para a frente, lacadas ou cromadas, com pistões normais ou com válvulas rotativas (ou ambos), com 2 até 6 pistões etc. e a variedade é ainda maior se adicionarmos as várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2 campânulas).

Nas bandas filarmônicas, cabe às Tubas o fundamental papel de suporte harmônico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que atua no registo grave.

Tipos de Tuba
As Tubas, independente de seus tipos, podem possuir pistos ou rotores (válvulas), que abrem e/ou fecham tubos metálicos e forma a alterar a cirulação do ar advindo do sopro e consequentemente alterar a sonoridade. As válvulas são encontradas com mais frequencia em Tubas grandes e profissionais e facilitam a troca rápida de notas em músicas que exigem agilidade. Os Tubas menores normalmente são utilizados por aprendizes ou em orquestras que não exijam muita agilidade.

A maioria das Tubas podem possuir 3 ou 4 pistos ou rotores. O 4o. pisto é utilizado para facilitar ao músico adicionar uma oitava mais grave em seu repertório.

Os tipos de Tubas mais conhecidos são:

Tuba de marcha
Nome dado a tubas com a tubagem horizontal, parecida com a tubagem de um trompete. É colocada sobre o ombro esquerdo do executante, e foi concebida para facilitar o transporte em marchas. Nos Estados Unidos é muito usada em Drum e Bugle Corps e é conhecida como contrabass bugle ou "contra".

Helicon
Nome dado a Tubas com forma circular, envolvendo o corpo do executante, e com a campânula dirigida para a frente. Era muito usado nas bandas brasileiras do começo do século XX, pois os sousafones ainda não haviam chegado ao Brasil.

Helicons da cavalaria da Garde Républicaine francesa

Sousafone
O Sousafone é um instrumento também da família das Tubas de tamanho grande. O seu formato evoluiu a partir do Helicon circular, mas a tubagem termina em “S” e a campânula (também dirigida para a frente) é maior.

A Tuba NÃO é um instrumento transpositor. Essa tradição parte do principio que todo material escrito para instrumentos graves antes da invenção da tuba(serpent, oficleide)eram escritos em dó. A existência de instrumentos de tais afinações (Dó, Sib, Fá e Mib) apenas é diferenciada pela extensão, ou seja, o limites de alcance de suas notas e sua tessitura (também diferenciada).

Músico com um sousafone na Washington Square
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